segunda-feira, 7 de junho de 2010

Pensamento Paralelo

Edward de Bono sugere em seu livro “Os seis chapéus do pensamento” uma abordagem inusitada e interessante do processo decisório individual e coletivo. Mais do que tentar defender se suas metáforas e analogias são ou não pertinentes, cabe aqui apresentar o mérito da defesa de uma visão mais global deste tipo de processo, uma visão que aborde os problemas por suas várias facetas, ou lados; como desejar o leitor.
Pedindo licença para omitir os chapéus e suas cores - uma forma útil de organizar e memorizar seu método - torna-se válido comentar as diferentes abordagens de seu “pensamento paralelo”.

  1. O pensamento baseado em fatos e números, objetivo e focado torna mais fácil discernir e debater temas;
  2. O pensamento emocional, intuitivo utiliza-se do feeling para explicitar um componente sempre presente nas reuniões, as preferências humanas não baseadas na   lógicas, mas igualmente relevantes;
  3. O pensamento crítico aponta as falhas, os desafios eminentes e os perigos de cada questão;
  4. O pensamento positivo busca as possibilidades, os benefícios sempre presentes na ação deliberada;
  5. O pensamento criativo procura as alternativas, a geração de idéias, o pensamento lateral e a inovação de forma que bem se adéquam as técnicas como o brainstorming, os mind maps, etc.;
  6. E, por fim, o pensamento organizado procura coordenar e controlar as variáveis no planejamento para ajustar os modelos e corrigir falhas.
Como propõe o autor não existe ordem correta, porque só o fato de forma sistemática procurar perceber os problemas e os fenômenos sociais e técnicos de forma mais ampla, permite sair do 'monismo' absurdo de uma visão excessivamente linear ou simplista. Outros chapéus poderiam ser acrescentados, mas vejo uma questão surpreendente no modelo de Bono, a aparente simplicidade encarna o melhor da genialidade. O melhor de cada um e de um grupo.

Autor: Luciano Rodrigues Pinto

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