domingo, 14 de novembro de 2010

O mito da propaganda.


Janaina Marques





Desde o princípio a propaganda foi interpretada como um advento de lavagem cerebral e até hoje é assim: “estão manipulando o povo”, “estão enfiando o produto goela abaixo”. Sim, algumas empresas fizeram isso,  acredito que mais pelo fato de não terem concorrência forte na época que começaram do que pela propaganda de fato, pois analisando as propagandas do passado vemos que não há nada de manipulador nelas.
O uso da mensagem subliminar, da conotação sexual, foi o grande boom no mundo da publicidade e as pessoas sempre se deixaram levar por elas , não foram elas quem entraram na cabeça dos consumidores como uma furadeira abrindo espaço para uma “bucha” na parede.  Não é possível obrigar alguém a comprar algo, essa influência da propaganda não parte dela para o consumidor e sim da vulnerabilidade do consumidor, a direção da influência é contrária ao que se pensa.
Uma pessoa que tem acesso a informações e tem capacidade de interpretá-las dificilmente vai ser influenciada por uma propaganda ao ponto de virar uma lavagem cerebral, a influência todos nós sofremos, mas não com esse caráter maléfico que pregam por aí.
A discussão da propaganda como lavagem cerebral tem se estendido mais ainda com o surgimento do Neuromarketing, da Neuroeconomia e da Psicologia do Consumidor, acredita-se que estes sim serão mecanismos que realmente vão entrar em nossas cabeças e nos direcionar para as prateleiras como um exército de zumbis.  Diz-se que a proposta de estudo nas três áreas é de nos manipular de forma que sejamos vítimas de nós mesmos no quesito consumo. Porém, não é bem assim.
A proposta do Neuromarketing , da Neuroeconomia e da Psicologia do Consumidor é, de forma geral, procurar entender as preferências dos consumidores para que estes possam maximizar o seu bem-estar na hora da compra, é de entender a mente do indivíduo de modo que crie-se produtos que realmente vão satisfazer as necessidades e os gostos dos consumidores evitando a introdução de diversos produtos no mercado que não fazem sucesso algum, trazendo prejuízo para as empresas (como acontecesse com uma frequência assustadora) e ocupando espaço de um produto similar que poderia realmente satisfazer as necessidades do consumidor se tivesse sido elaborado com mais cautela,  estudando profundamente as preferências dos consumidores.
Ninguém faz nada obrigado sem ser com uma arma na cabeça ou por chantagem, e não vimos nenhuma propaganda fazendo isso, não é?

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Um salão cada vez mais verde e chinês

Valerika Ester de Vargas

Em um ano que se comemora 50 anos do Salão do Automóvel de São Paulo, os Brasileiros têm um motivo a mais a comemorar, pois após muitas vezes de exibições de carros híbridos em outras mostras, somente agora após este ano que começará a ser comercializado este famoso carro no Brasil.
A vantagem dos  carros híbridos que em nosso território é considerado como uma imensa novidade é o fato de se ter juntamente uma economia de combustível, quanto uma menor  emissão de poluentes ao meio ambiente.
            ‘São veículos que usam além de um motor a combustão, um outro elétrico,           movido a bateria de íons de lítio, além de poluírem menos são mais econômicos                         [...] A redução no consumo de combustível é de 20% e as emissões de CO2 são          reduzidas em 21%, em relação a um movido puramente a gasolina.(ISTO,É;             REVISTA, PAG 93)
A Novidade que as concessionárias receberão é o Ford Fusion Hybrid, que utiliza motor exclusivamente elétrico, sendo o motor a combustão, utilizado apenas quando o motorista quiser mais velocidade ou quando for preciso recarga da bateria.
Os preços ainda são muito altos, pois se trata de uma tecnologia cara e que ainda esta em desenvolvimento, passiva de mudança, porém esses preços tendem a cair a partir do momento em que essa tecnologia se tornar mais barata e eficiente.
Como o tema “sustentabilidade” e “ecologicamente coreto” estão em pauta no mundo todo, as montadoras de veículos levaram esta característica ecológica também para dentro de seus veículos.
            “ Todas as montadoras dos EUA, Europa e Japão investem atualmente em           produtos com apelo ecológico. No Salão, gigantes como Honda, Porsche,          Mitsubishi e mesmo a emergente chinesa JAC também trazem seus modelos movidos a bateria e combustão.” (ISTO,É; REVISTA; PÁG 93)
A Mitsubishi já foi um pouco mais longe, ela trouxe o carro i-MiEV, o primeiro carro totalmente elétrico e produzido em série, este carro já está sendo comercializados no Japão, Inglaterra, Alemanha, Canadá e na Áustria. A empresa prevê uma produção de 15 Mil unidades em 2011, e que em 2013 seja comercializado o veiculo no mundo inteiro. Vendedores dão as características do veiculo, como podendo chegar a 130 km por hora, e como feitos essencialmente para circular na cidade.
Um aspecto que vale destaque é a onda de veículos de marca chinesa na mostra, o país traz no total 30 lançamentos, veículos que vão de picapes médias á sedãs de luxo e carros compactos, e com expectativa de preços mais baixos.
A chegada rápida, agressiva e até mesmo assustadora das montadoras chinesas no evento, mostra com clareza o avanço da indústria de automóvel  daquele país.
            “ Vinte anos atrás, os veículos produzidos por lá não passavam de 5,5 Milhões                por ano. Apenas em 2010, 16 milhões de automóveis chegaram as                                  concessionárias. E a Chery anunciou ainda investimentos de R$400 milhões para           construir uma fábrica no interior de São Paulo. A Great Wall, apesar de não                  participar desta edição do salão, também planeja instalar uma linha de produção no país.” (ISTO É; RAVISTA; PÁG 95)
Isto deixa cada vez mais claro o poder do mercado consumidor brasileiro, tornando-se uma ferramenta importante na tomada de decisão das empresas ao se instalarem no país.