sábado, 21 de abril de 2012

O intestino e o comportamento do consumidor.

Para não chamar de surpreendente, eu chamaria o título dessa postagem de esquisito. Tenho absoluta certeza que você, leitor, está se perguntando: o que tem a ver o c* com as calças? É isso mesmo, hoje falarei de c...quer dizer, de intestino!
Obtive conhecimento dessa relação bizarra no livro "Comportamento do Consumidor - a biologia, anatomia e fisiologia do consumo" do autor Pedro Camargo. Segundo Camargo, o intestino é responsável pelo nosso bem estar. Nós temos um neurotransmissor no nosso corpo chamado serotonina, e não sei se esse pensamento é comum a todos vocês, mas como leiga sempre pensei que neurotransmissores eram produzidos, se não exclusivamente, a sua maioria no cérebro.
A serotonina é responsável pelo nosso bem estar, sendo por volta de 90% da sua quantidade produzida no intestino. É também culpa desse hormônio que nós mulheres temos a abençoada TPM: quando estamos no ciclo o nível de serotonina diminui e com ele o nosso bem-estar, por isso que temos a impressão que passamos por todos os piores sentimentos que um ser humano pode ter: raiva, aflição, depressão, ansiedade!
Segundo Camargo "(...) a felicidade depende do que se passa no sistema gastrointestinal, e a felicidade, ou a falta dela, nos faz consumir mais produtos e serviços, ficar autoconfiantes, comprar mais, ficar menos felizes com pouca confiança em nós mesmos". As funções da serotonina, segundo Povoa são maiores do que possamos imaginar: enxergar a vida pelo "lado bonito", resolver problemas, selecionar amizades...sendo assim, o cérebro e o intestino são os órgãos responsáveis pelos comportamentos expressos.
Mas o que isso tem a acrescentar para o conhecimento econômico, para  o marketing? Talvez aquele questionário que você aprendeu a aplicar nas aulas de marketing (do mais ortodoxo) não colha todas as informações necessárias para que você compreenda o perfil comportamental do consumidor. Talvez a resposta seja muito mais profunda e objetiva, talvez esteja residindo na biologia, na fisiologia e na anatomia.
As respostas que queremos para conhecer nossos consumidores nem sempre estão na ponta da língua dos mesmos ao fazer um "x" nos questionários de múltipla escolha. É necessária a experimentação, a pesquisa, a amostragem, a submersão no mundo "invisível" do organismo humano.