quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O Pânico e A Crise.

CRISE! É a palavra do momento, crise aqui, crise acolá, empresta daqui, teto de lá, piso daqui, investe lá, desinveste aqui, euro lá, dólar acolá, sobe dólar, desce dólar, vende título, compra título, juros sobre, juros desce, medo de investir, medo de subir, medo de cair, medo de quebrar: PÂNICO. 
Esta palavrinha que temos ouvido com bastante frequência vem sempre acompanhada de uma explicação essencialmente econômica, com base no que se entende sobre Economia na sua mais pura teoria aplicada a prática, porém ouvimos falar muito pouco de uma coisa que pode contribuir por demais para intensificar a tal da crise: o pânico.
Para entender isso não precisamos essencialmente analisar o que está acontecendo agora, podemos pegar exemplos de crises no passado, ou até mesmo exemplificar com uma crise de casal, ou com uma pessoa que tem fobia de sapos sendo jogada entre os gosmentos, pânico é pânico em qualquer situação.
Na tentativa de mostrar a relação pânico x crise usaremos de exemplo a crise do Subprime nos Estados Unidos em 2008. Há quem diga que ela poderia ter sido minimizada se não fosse o tal do nosso inimigo "pânico", e dizem também que esse é o motivo o qual a intensificou. 
A crise de 2008 não era pra ter se estendido tanto, mas na mídia foi dito por um Professor de Economia chamado Nouriel Roubini  que por volta de 250 bancos haviam falido e que o FDIC estava quebrado (balela), o resultado disso segundo a Gallup, foi 55% das famílias estadunidenses temerem que algum membro de família perdesse o emprego, daí partiu o pânico. 
O que era pra ter sido uma crise facilmente resolvida se transformou num "Deus nos acuda". Quando as pessoas temem perder o emprego, temem a economia estar fraca, temem, temem, temem e temem, elas param de consumir, elas param de pensar a longo prazo, elas param de investir, ou seja, o seu próprio pânico quase sucumbe a Economia.
Longe de mim dizer que qualquer crise é fruto de um pânico, é uma coisa abstrata, é algo inexistente como muitos professores acadêmicos (principalmente eles) esbravejam nos corredores e nos tablados. Porém com este exemplo, pode-se perceber claramente o que uma afirmação em mídia, uma fagulha no palheiro pode transformar uma crise. O meu sonho e de muitos outros que estão no mundo da economia acredito que seja convergente: de que todas as pessoas soubessem que é justamente na crise que precisamos injetar grana, que precisamos consumir, que precisamos investir, assim minimizaríamos a "big shit". YES INVESTMENT, NO FEAR. 

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O misterioso e ascendente consumidor chinês.


Acredito que essa informação não espanta ninguém: o comportamento do consumidor chinês ainda é um mistério. O que está acontecendo na China? O que está mudando lá? Será que sua realidade está tão distante da nossa, dos invejados capitalistas ocidentais?
A China vem crescendo, isso não é novidade para ninguém, e com esse crescimento vem as mudanças comportamentais dos consumidores: agora eles têm tudo ali na mão, todos os artigos de desejo, todos os anéis DeBeers da vida, todos os modelos da Sra. Apple e assim por diante. 
O campo de estudo comportamental econômico chinês é interessantíssimo, é uma Amazônia na década de 20 totalmente misteriosa e totalmente de braços abertos para ser explorada. Ainda não consegue-se definir ao certo o que acontece com o comportamento dos nossos amigos chineses, consegue-se identificar expressivas diferenças de acordo com regiões, classes sociais, podemos até arriscar dizer que há uma similaridade com o caso brasileiro: a China é um país de população assustadoramente numerosa, com uma concentração de renda altíssima, portanto existe uma expressiva diferença entre ricos e pobres o que impacta diretamente numa diferença significativa de comportamento.
O que se sabe até agora é que os chineses buscam qualidade, bom funcionamento do produto, mas estão pegando a veia dos veteranos capitalistas (nós): querem marcas que os representem, além de comprarem o produto, querem comprar o sentimento, estão dando extrema importância pro tal do efeito halo sobre o qual eu já dissertei anteriormente. 
Para quem gosta e se fascina pelo estudo do comportamento, assim como eu, a China é um tesouro da Economia Comportamental para ser analisado, definido, interpretado, dissertado, há muitas surpresas por vir e vamos assistir o espetáculo do comportamento do consumidor chinês como expectadores e especuladores. 

terça-feira, 20 de setembro de 2011

मेड इन इंडिया Made in India!

Seguindo o embalo do Made in Japan e depois de tanto tempo sem uma inspiração verdadeira e profunda, resolvi falar sobre a Índia, talvez porque ela será a menina dos meus olhos até o final da graduação, é o meu assunto da Monografia! Portanto, quero compartilhar com vocês, caros leitores, algumas curiosidades comportamentais indianas interessantíssimas e importantes, principalmente na hora de negociar.



O Oriente é sempre fascinante e diferente, excêntrico, lá as pessoas preservam a cultura mesmo inseridas nessa cultura tão globalizada que é a capitalista, portanto tamanha excentricidade não é privilégio apenas dos japoneses, o povo indiano é um povo excêntrico e tanto, então quando for a passeio, estudo e principalmente a negócios fique atento a pequenos gestos que podem ser interpretados de forma equivocada pelos indianos e também as coisas que nem passam pela nossa cabeça que os agradam. 
Os indianos levam a risca aquele bom e velho ditado: "A pressa é inimiga da perfeição", então se você tem pressa, ao chegar na Índia, relaxe, para eles o relógio tem 48 horas e tudo é feito na mais santa calma, ao passo de uma vaquinha sagrada atravessando a rua, jamais se estresse ou mencione caso cheguem atrasado a uma reunião, mesmo isso sendo algo que vem mudando na Índia principalmente entre os profissionais de T.I. que trabalham no "Vale do Silício" da Índia.
É normal que as reuniões comecem com assuntos pessoais, de forma mais tranquila, mais intima, os indianos gostam de ouvir o que você tem a dizer sobre você, portanto não "formalize" tanto o momento, solte a gravata ou afrouxe o scarpin e entre nessa conversa light.
O indianos são extremamente precavidos quanto a produtos novos, portanto se você está chegando lá com um produto revolucionário esteja certo se a cultura aceita aquilo e se você está carregando consigo o máximo de informações possível. Não adianta chegar com o último grito em sanduíche se no meio dele tem um big hamburger feito com carne de vaca. Não adianta chegar lá com um mega computador ultrapowerblaster moderno se você não sabe nem onde fica o botão "liga/desliga". 
Se for presenteá-los, jamais embrulhe o presente em embalagem preta ou branca, ambas as cores representam "mau-agouro", não seria nada bom para quem está querendo iniciar uma relação de amizade ou de comércio com um indiano.
Por fim, as peculiaridades indianas são infinitas, colocar pelo menos a maioria aqui transformaria este post em um texto imensamente cansativo, todavia as dicas dadas já são um boa pista para quem tem o interesse de estabelecer qualquer relação com esse povo tão excêntrico que é o povo indiano!