quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Mais que um problema de carona.

A cachaça é uma bebida tipicamente brasileira, sendo que a produção da cachaça artesanal ou de alambique está concentrada principalmente em Minas Gerais. No município mineiro de Presidente Bernardes é produzida desde 2008 uma cachaça que tem dado o que falar, a João Andante. Acontece que a holding Diageo, que detêm os direitos da marca do uísque Johnnie Walker, não gostou nada do andarilho mineiro. Os ingleses acusam o João Andante de pegar carona na marca Johnnie Walker.
Em economia, o carona (ou free rider) é um agente que usufrui de determinado benefício proveniente de um bem, sem que necessariamente tenha arcado com os custos de obtenção de determinado bem. No caso, a Diageo argumenta que foram necessários muitos anos e muitos dólares em investimentos para que a marca Johnnie Walker conquistasse credibilidade e fama.
Não quero entrar em questões judiciais aqui, mas as semelhanças entre as duas bebidas se restringem ao nome (João Andante é a tradução literal de Johnnie Walker) e ao desenho de uma pessoa caminhando. No mais, as bebidas são diferentes (o João é cachaça e o Johnnie é uísque). Além disso, a figura que caminha também é diferente (o João é mais simples, e o Johnnie é um Lord inglês).
Até que ponto a João Andante pode ser considerada uma “imitação” da Johnnie Walker? A resposta fica a cargo do Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), que julgará o caso. O resultado disso tudo, até agora, foi um grande aumento das vendas do João Andante. O processo tornou a marca mais conhecida. Além disso, o João Andante se defende das acusações. Afinal, quem pegaria carona com uma pessoa a pé?

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

...,99 ou ...,90?

Quebrando o protocolo das minhas férias, tenho que compartilhar essa divagação. A dúvida entre os preços ...,99 e ...,90 surgiu de uma discussão com meu amigo e publicitário Diogo Travagin. O que dá a falsa impressão do produto ser barato: o final ...,99 ou o final ...,90?
De fato tudo começou com o ...,99, as famosas lojas de 1,99 que foram sucesso absoluto na década de 90 com produtos importados a um preço baixo, que sempre fez com que atraísse as pessoas pela impressão de preço baixo que o 99 no final provoca. Todavia estive observando a quantidade de preços com final 90 nos últimos tempos, em destaque no ramo das confecções e gourmet. Eu como consumidora tenho a impressão de estar pagando barato e por uma coisa de qualidade quando o final é 90, agora quando é 99 eu tenho a impressão de estar pagando barato também, mas sempre me remete as lojinhas 1,99 que sempre ofereceram produtos de uma qualidade um tanto inferior.
Procurei superficialmente pela internet sobre isso, mas não encontrei. Mas e aí analistas experimentais comportamentais? Qual é o mais eficiente: o 99 ou o 90? E se os dois forem eficientes? Em quais ramos pode-se aplicar cada um com efetividade? Também fico com um ponto de interrogação na cabeça...