quarta-feira, 30 de junho de 2010

Economia do sexo

As buzinas ecoam impacientes na rua Agustinas, no centro de Santiago do Chile. O trânsito é péssimo e não há lugar para estacionar. “São os motéis. Tudo fica lotado”, explica o porteiro Armando. “Dentro de uma hora, o trânsito vai melhorar. Mas agora é hora do almoço, a pior hora”. 
Os jornais chilenos estão cheios de anúncios de motéis que rivalizam em criatividade para atrair clientes. Além do quarto durante algumas horas, os clientes têm direito a um pacote de camisinhas e dois “pisco sour”, a bebida nacional chilena. 
Os motéis mais caprichados têm salas revestidas com espelhos e oferecem champagne. Para os mais pobres, há o sexo nos carros. Alguns estacionamentos reservam lugares escondidos por uma cortina de plástico para proteger os clientes de olhares curiosos. 

Qualquer que seja o preço, a característica mais procurada é a discrição. É o que levou Enrique Delaveau dez anos atrás, a criar uma empresa especializada no que ele chama de “gestão de adultério”. Uma parte da atividade consiste na venda de produtos e serviços destinados aos cônjuges que desconfiam de traição. 

Lamia Oualalou/Opera Mundi
 
Enrique Delaveau no seu escritório 
Ex-agente do serviço de inteligência chileno durante a ditadura militar, Delaveau abriu um escritório no centro da cidade, onde recebe os clientes e mostra seu portfolio. Um dos produtos vendidos é um gravador de som camuflável na roupa. "Basta trazer uma jaqueta e a gente coloca dentro da costura. A pessoa não vai perceber nada, e nosso cliente terá a possibilidade de ouvir tudo que foi dito... ou feito”, explica, com orgulho. A pequena maravilha custa 69 mil pesos (231 reais). 

Serviços 

Delaveau quer tirar todo o proveito possível do mercado da traição. Além dos produtos que comercializa, ele criou um serviço que ajuda a pessoa infiel a nunca ser descoberta. Começa com um interrogatório para conhecer sua rotina, os detalhes da aventura amorosa e as relações do cônjuge. “Eu ajudo a organizar uma escapada, seja no motel na hora do almoço ou para tirar férias com a amante do outro lado do mundo”, diz Delaveau. 

Para providenciar este serviço, a Todoespia dispõe de uma equipe de 30 pessoas (a maioria temporária), chamadas segundo as necessidades. “Em geral, as pessoas que trabalham para mim nem sabem exatamente qual é o objetivo da missão, por um motivo de discrição”, precisa Delaveau. Por exemplo, quando um médico decide passar o fim de semana com a amante, a Todoespia prepara uma documentação falsa, para que ele possa anunciar à esposa que foi convidado a dar uma palestra. A empresa também prepara um souvenir típico do lugar da falsa conferência para ele levar para a mulher.

Para evitar qualquer problema de último momento, a empresa também registra recados do marido como se ele estivesse num aeroporto lotado, numa reunião, ou numa conversa com amigos. “A gente bota o recado no telefone da mulher, assim ela não pode desconfiar de nada”, diz Delaveau. 

A Todoespia oferece ainda outros serviços, como a recuperação de mensagens apagadas no celular. “O cliente traz o chip do celular para a gente antes das 14h, e nós fornecemos um relatório completo às 17h, tudo por 5 mil pesos” (17 reais), explica Delaveau. Entre os produtos mais procurados, encontra-se o “detector de traição”: um kit que revela a presença de sêmen em qualquer tecido, por um preço de 50 mil pesos (170 reais). 

"A infidelidade não para de crescer. Acho que as pessoas são mais livres do ponto de vista sexual desde a saída do general Pinochet”, avalia o ex-militar. 

Mas Delaveau se recusa a falar em “ditadura”. Para ele, “o general fez um grande governo que salvou o Chile da ameaça comunista”. No seu escritório, ele exibe com orgulho um retrato do ditador, que morreu em 2006. 

Resgate 

O serviço mais complexo é o esquadrão de resgate. "Por exemplo, quando um cliente está em um motel e ele vê sua mulher através da janela, que provavelmente o seguiu, ele não sabe como escapar", conta o dono da Todoespia. Num desses casos, ele enviou uma equipe especializada que trocou a placa do carro do cliente. Um homem parecido com o marido saiu dirigindo. “Quando o carro saiu do motel, a mulher percebeu que estava errada, que o carro era idêntico, mas era outro. Ao mesmo tempo, a gente fez sair o cliente no porta-malas de outro carro”, diz ele, rindo. 

Delaveau reconhece que também existem situações desesperadas. "Uma vez, outro cliente foi preso em um motel, mas a equipe de resgate já estava ocupada. Mandei lançar gás-pimenta em frente ao motel, o que obrigou a mulher a ir embora. Assim, conseguimos tirar o cliente. Mas uso este tipo de método somente em caso de extrema necessidade”, acrescenta. 

Para o ex-militar, a aprovação da lei de divórcio é uma maravilha. “Antes, os casais não tinham o direito de se separar oficialmente. Eles tinham de aguentar a traição sem dizer nada. Agora, as pessoas estão à procura de provas para serem apresentadas aos juízes. De repente, todo mundo está tentando se proteger”. 

Ao contrário do que se poderia esperar, a clientela da Todoespia não é apenas masculina: metade das pessoas que compra o serviço de “desculpas para traição” é de mulheres. Mas todos têm uma coisa em comum: são ricos. "Nossos serviços são caros. A traição no Chile é como a saúde: aqueles que não podem pagar morrem”, conclui Delaveau. 

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Aprenda com seus erros.

Por Flavia Possas, especialista em Economia Comportamental

Todos sabem que, via de regra, à medida que acumulamos experiência em algum campo, ficamos mais eficientes e passamos a tomar melhores decisões de maneira mais rápida e com menos esforço.  O que nem todos sabem é que, para que esse tipo de aprendizagem ocorra, nós precisamos receber um feedback claro e imediato sobre o resultado de nossas ações. Quando não recebemos esse tipo de retorno é muito mais difícil que consigamos aprender com os nossos erros. O grande problema é que no mercado financeiro esse tipo de feedback não é óbvio. A maioria dos investidores acaba não tendo uma noção clara das razões por trás de seus erros e acertos e, assim, não aprendem com eles.
O único tipo de avaliação pela qual suas decisões de investimento são submetidas de maneira sistemática é o retorno obtido. Todavia, simplesmente saber se sua carteira está indo “bem” ou “mal” não diz tanto sobre a qualidade de suas decisões. Em primeiro lugar, mesmo que sua carteira tenha uma boa performance no momento, não se sabe se isso está acontecendo pelos motivos que você imaginava ou se isso ocorreu por pura sorte. Por isso é importante sempre ter em mente qual era a sua estratégia e averiguar se o seu sucesso se deve a ela.
Em segundo lugar, você não consegue enxergar seus custos de oportunidade se olhar somente para o retorno. Por isso o psicólogo Robin Hogarth sugere que os investidores acompanhem a performance de 3 portfólios diferentes: um das ações que você possui, um das ações que você vendeu e um das ações que você cogitou comprar mas desistiu. A intenção é acompanhar suas decisões de maneira abrangente, contemplando não só o que você decidiu fazer ou comprar, mas também o que você decidiu não fazer ou vender (isso pode ser feito em inúmeros sites financeiros). Só assim você vai conseguir ter uma ideia clara sobre a qualidade de suas decisões. Se, por exemplo, o portfólio das ações que você vendeu ou que deixou de comprar performar melhor do que seu portfólio real, isso mostra que suas decisões não foram tão boas assim.


sexta-feira, 25 de junho de 2010

Quanto menos informação, melhor!

Publicado no jornal Valor Econômico, cita uma pesquisa que afirma que "quanto menos informação, melhor". Comenta uma pesquisa realizada nos Estados Unidos e é muito interessante. Enviado por Ricardo Vianna.

Quanto menos informação, melhor a decisão de investimento

Aquile Mosca

 Via de regra, aceitamos sem questionar que quanto mais informação tivermos, maior é a probabilidade de que uma dada decisão seja acertada, sobretudo se tais informações forem apresentadas de maneira lógica e sistemática. No entanto, em diferentes campos de estudo, que variam da medicina ao comportamento de consumidores, passando por decisões de investimentos, há ampla evidência de que a maior parte de decisões acertadas são feitas com base em um conjunto bastante limitado, porém altamente relevante, de poucas informações.
  Para a maioria dos profissionais é difícil admitir que tal afirmação seja verdadeira e provavelmente ninguém sofre mais com isso que os economistas (grupo do qual também faço parte), para quem o domínio das relações de causa e efeito, de variáveis endógenas e exógenas e uma pretensa capacidade de organizar o caos econômico conferem uma aura de sabedoria.

O estudo conduzido por Stuart Oskamp, professor emérito de ciência do comportamento da Universidade de Stanford, pode ajudar a compreender a mecânica mental e a conseqüência comportamental que dão validade à afirmação de que na hora de tomar decisão, menos informação pode valer muito mais. Oskamp reuniu um grupo de psiquiatras e psicólogos aos quais foi colocado o desafio de traçar o perfil de um indivíduo de 29 anos e veterano de guerra de nome Joseph Kidd.
  Na primeira fase, apenas informações básicas, como idade, cidade de origem, profissão dos pais, etc, foram disponibilizados. Na segunda fase, Oskamp forneceu uma página e meia com informações relativas à infância de Joseph, seguidas na terceira fase por informações sobre os anos de Joseph no colegial e faculdade. Por fim, na quarta e última fase, o grupo de analistas recebeu informações detalhadas sobre o tempo de Joseph no exército e em outras atividades. Após cada fase, os analistas tinham de responder um questionário de múltipla escolha sobre a vida de Joseph.
  Oskamp descobriu que, quanto mais informação era fornecida aos analistas, maior era a crença desses na exatidão de suas avaliações. Esse aumento de confiança se tornava mais significativo quanto mais detalhes recebiam. No entanto, apesar dos próprios analistas julgarem estar cada vez mais precisos em suas avaliações, o que Oskamp verificou foi que a cada nova fase e inclusão de novas informações, o percentual de acerto permanecia consistentemente ao redor de 30% para todos os analistas, muitos dos quais respondiam de maneira diferente a mesma questão em fases distintas.
  Ou seja, conforme recebemos mais e mais informações, a certeza na exatidão de avaliações torna-se fora de proporção se comparada com a exatidão das decisões efetivamente tomadas. Para o universo dos investimentos, tal estudo e suas conclusões colocam grandes questionamentos. Há um risco não desprezível de ao coletar e analisar um número crescente de informações (o que é perfeitamente compreensível dada a complexidade dos sistemas econômicos) acaba-se por gerar uma situação onde o volume de dados é tal que uma parcela significativa das informações ou é irrelevante para a decisão a ser tomada ou somos simplesmente incapazes de processá-las de tal forma que contribuam positivamente para a qualidade de decisão. No entanto, fazem com que seja muito maior o grau de conforto e a confiança sob o qual a decisão é feita.
  Há uma grande ironia em tudo isso: o desejo de gerar confiança é exatamente o que acaba minando a qualidade da decisão tomada. Acaba-se alimentado com mais dados e informações, muitas delas irrelevantes, um sistema mental que muitas vezes já se encontra congestionado.
    O mercado financeiro não está imune a essa tendência comportamental. Ganha espaço a avaliação de que o fator fundamental para o sucesso das decisão de alocação, seleção de ativos e momento mais adequado de montar posições nos diversos mercados parece estar baseado na identificação das teses de mercado, isto é, a convergência da expectativas dos agentes para uns poucos temas que acabam conduzindo os movimentos das cotações dos principais ativos. No período atual, tal tese é de que há um risco global de que o período recente de bonança nos mercados poderá ser ameaçado pela continuidade do ciclo de aperto monetário nos EUA. Esse fator tem ditado o rumo dos mercados há alguns meses e o investidor que concentrou com antecedência o foco de sua atenção nesse componente do mercado, desconsiderando demais informações que possam poluir seu processo decisório, certamente teve mais sucesso que seus concorrentes, ao menos até que tal tese, e a conseqüente convergência de expectativas, sofra nova mudança de foco.

Aquiles Mosca é economista e estrategista de investimentos pessoais do ABN Amro Asset Management.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

O custo do lazer

Por Feliciano Lhanos Azuaga.


Trabalhar mais ou ter mais tempo livre para o lazer? Esse é um dos tradeoffs que com maior freqüência nos deparamos no nosso dia a dia.  A primeira opção disponibiliza meios de conseguir satisfazer as mais variadas necessidades, mas sempre em um período posterior. Quando optamos pelo trabalho escolhemos pagar o custo primeiro e aguardar o beneficio em um período futuro. Quando optamos pelo lazer o processo se inverte escolhemos desfrutar  o beneficio antes e pagar a conta depois. 
Entretanto entender o processo de escolha nessa situação não é tão simples quanto parece. Uma simples analise de custo-beneficio pode parecer a ferramenta mais adequada para compreender como a opção entre lazer e trabalho ocorre. Entretanto o valor que atribuímos ao lazer se modifica ao longo das etapas da vida.
Para tornar a explicação mais didática imagine um recém formado que nos primeiros anos de carreira profissional recebe constantes aumentos no valor da sua hora de trabalho. O efeito inicial do aumento de renda é que o jovem oferecera  uma maior parte do seu tempo ao trabalho. Ocorre o que os economistas chamam de efeito substituição.
Quando esse  jovem fica mais experiente possíveis aumentos de salário não vão incentivar esse jovem a trabalhar mais. Ele vai reorganizar a sua distribuição do seu tempo disponível em direção ao lazer. Novo aumento de renda proporciona menor oferta de horas de trabalho. Os economistas denominam esse fenômeno, com efeito renda.  Outro aspecto pode ser evidenciado: o lazer do ser humano fica com o passar dos anos mais escasso e conseqüentemente mais caro.  O tempo valoriza o valor do nosso lazer.
Isso reorganiza a distribuição do nosso tempo. Isso nos ajuda entender por que atletas de elite com altos salários se aposentam no auge da carreira. Basta lembrar o caso do piloto Michael Schumacher e do jogador Zidane.

domingo, 20 de junho de 2010

Sorte no amor, azar nas contas

Mulheres erram ao sacrificar as finanças pelas emoções

Por Juliana Garçon

Você prefere ser rica ou “boazinha”? Ser “boazinha” é típico de mulheres do mundo todo. E, justamente por isso, ser rica é atípico das mulheres em boa parte do globo.
Essa contraposição é enfocada pela consultora Lois Frankel no livro “Mulheres boazinhas não enriquecem”, publicado no país pela editora Gente. Apoiada em sua experiência na área de RH e no doutorado em psicologia, ela vem fazendo diagnósticos da conduta das mulheres não só nas finanças pessoais, mas também nos negócios e na gestão de pessoas.
Boazinha” não quer dizer que as mulheres são perfeitas. Lois Frankel argumenta que, muito mais do que os garotos, as meninas são educadas para a colaboração e o altruísmo. Para serem elogiados pelos pais, eles competem entre si. Elas se dedicam aos outros _irmãozinho, avós_ e à casa.
Aqui no Brasil, a psicoterapeuta Valéria Meirelles, que é responsável pelos programas de educação financeira da consultoria Tacc Developing Potentials, também chama a atenção para os “tabus financeiros” com que convivemos. No consultório e na pesquisa de doutorado sobre valor do dinheiro para a mulher, ela verificou a dificuldade em separar o dinheiro “próprio” do dinheiro “para a família”.
A mulher, explica, sente-se mal em guardar dinheiro para si, para seu futuro, quando poderia usá-lo com a família _filhos, pais, marido, tios e por aí vai_ ou com a casa. Precisa entender que não está traindo as pessoas queridas ao fazer uma poupança previdenciária, por exemplo.
De volta às “mulheres boazinhas” de Frankel, a educação das meninas e moças também tende menos para a ambição e mais para o conformismo. Somos ensinadas a nos contentar com pouco, o mínimo para a sobrevivência.
Ora, basta pensar nas representações do ideal feminino, como as heroínas de histórias infantis e contos de fada. São prestativas, cuidadosas, carinhosas e até abnegadas. “Mulheres boazinhas não enriquecem em grande parte por causa das mensagens sociais que recebem quando estão crescendo”, diz Frankel. “Somos criadas para cuidar dos outros e gastar nosso dinheiro com os filhos e a casa.”
Já complicada, essa equação ainda tem um agravante. Além de serem boazinhas, as mulheres sofrem de um mal que também faz vítimas entre os homens. Trata-se da visão de curto prazo. “A gente só vive uma vez!” é a senha para o imediatismo e, claro, o consumo sem planejamento. “O gasto emocional é um remédio de curto prazo para um problema de longo prazo”, diz a autora, ressaltando que as compras podem virar válvulas de escape para as tensões.
Por isso, ela aconselha que, antes de passar o cartão ou o cheque, a gente pense se necessita realmente do produto ou, na realidade, está em busca de alívio para as emoções. E fique atenta: dentre as pessoas que têm problemas com dinheiro, um quarto precisa de terapia, estima a autora. (Mas eu não sei de onde ela tirou essa projeção!).
Para quem se interessou pela abordagem de Lois Frankel, vale a pena saber que ela também tem mais duas obras sobre o nosso jeito de agir: “Mulheres ousadas chegam mais $longe” e “Mulheres lideram melhor que homens”, também publicados pela editora Gente. Porém, em comentários das leitoras, frequentemente aparece certa frustração com a impossibilidade de aplicar na prática tudo que é apresentado. Acontece que parte das considerações de Frankel, que vive nos EUA, não faz muito sentido na realidade brasileira.


Com reportagem de Juliana Conte
http://www.bmfbovespa.com.br/mulheres/noticias/CP100521NotA.asp

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O poder do grupo

Por Flavia Possas, especialista em Economia Comportamental

É muito comum ouvirmos falar do poder da influência do grupo em nossas decisões, ou do chamado “efeito manada” que muitas vezes leva os investidores a agirem de maneira irracional e impensada por seguirem o que a maioria está fazendo. Esse tipo de comportamento tem um papel fundamental na formação de bolhas e na criação de momentos de exuberância do mercado, e é um dos fenômenos psicológicos mais estudados no campo das finanças. Todavia, apesar deste ser um fato amplamente reconhecido, a maioria das pessoas acredita estar imune a esse tipo de influência, achando que isso não afeta suas decisões de investimento.
É importante chamar atenção para o fato de que essa influência social é muito mais dominante do que imaginamos a princípio. E isso afeta a todos nós, uma vez que esse tipo de comportamento está profundamente arraigado em nosso cérebro. Não tomamos necessariamente uma decisão consciente de nos conformarmos e seguirmos a maioria: isso acontece na maior parte das vezes de maneira automática e inconsciente. Inúmeros experimentos mostram que pessoas tomam decisões diferentes se estão sozinhas ou em grupo. E o que é pior: quando a maioria escolhe a opção errada, e o participante deve tomar sua decisão após observar as escolhas erradas dos outros, ele tem uma chance muito maior de errar. Em um estudo de  neuroeconomia, quando os participantes tomaram a decisão em isolamento, 84% fizeram a escolha certa. Quando a decisão foi tomada na presença de outras quatro pessoas (que escolheram a opção errada propositalmente), a taxa de acertos caiu para 59%.
Para complicar a situação, scans cerebrais mostram que, quando uma pessoa decide ir contra o grupo (ou seja, faz uma escolha contrária ao que o resto escolheu), isso ativa as mesmas áreas do cérebro que respondem à dor física. Em outras palavras, ir contra o grupo realmente “dói”. Por isso, tenha em mente que a influência da massa é muito mais poderosa do que você imagina, e procure sempre embasar suas decisões de investimento em fatos, análises e informações ao invés de cegamente seguir o que todo mundo está fazendo.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Soccernomics

Na onda dos Nomics e no embalo da copa, o economista Stefan Szymanski joga os alicerces da matemática e da economia para esclarecer certos mitos que estão arraigados no futebol. Dentre os mitos apontados pelo autor e que nos instigam a pensar, pode-se citar:

•O Brasil deveria ter ganhado mais títulos?

Segundo o autor, o desempenho de um país em uma copa tem uma correlação direta com o PIB per capita e o tamanho da população. Considerando tais variáveis e o ferramental estatístico, nas 92 partidas que o Brasil disputou em copas, ele marcou 0,67 gol por partida a mais do que se deveria esperar. Deste modo, apesar de 1950 e 1998, o autor aponta que o Brasil ganhou mais títulos do que o esperado.

•Sediar uma copa é um bom negócio?

Para o autor, as Copas sempre custam mais do que o prometido, dificilmente deixa um legado que supera os gastos e o lucro com o turismo não é maior se comparado a uma boa temporada.  A saída seria não exigir investimentos em novos estádios.

Um bom técnico garante o sucesso de um time?

Ele afirma que em 80% dos casos, a mudança de técnico não faz diferença. Não há uma correlação entre demitir e melhorar os resultados. Na realidade, pagar salários mais altos aos jogadores seria mais eficaz. Clubes se apóiam na estratégia de trocar o técnico pois, se fracassarem, o farão da forma mais comum.

•Futebol é uma atividade lucrativa?

Segundo o autor, os únicos que ganham dinheiro são os jogadores. Isto porque os clubes sofrem pressão da mídia, dos torcedores para reinvestir as receitas no próprio clube. Caso não invista, o time tende a ser rebaixado para a divisão inferior, o que resulta em menos patrocínio e menor direito de transmissão. Uma estratégia para se obter mais lucros seria abolir o rebaixamento.

Penaltis decidem injustamente as partidas?

Analisando diversas partidas, os pesquisadores concluíram que, independente da equipe converter ou não o pênalti, os favoritos vencem cerca de 50% dos jogos e os azarões vencem aproximadamente 20% dos jogos(seja o pênalti convertido pelo favorito ou pelo azarão).
Por fim, os autores apontaram um BRASIL x SÉRVIA para o próximo dia 11 de julho, no jogo final da COPA.


FONTE: Revista Época, número 628
Soccernomics – Simon Kuper & Stefan Szymanski

sábado, 12 de junho de 2010

A fórmula do empreendedor de sucesso não existe.

Muito se questiona sobre qual é a fórmula do empreendedor de sucesso. A grande verdade é que essa fórmula não existe. O que existe é uma combinação de competências que o empreendedor deve desenvolver: técnicas e comportamentais.                 


                         

  A capacitação para as competências técnicas acaba sendo uma tarefa mais fácil, até porque a maioria dos treinamentos disponíveis tem como foco essa perspectiva de desenvolvimento.Hoje é pré-requisito que o empreendedor seja tecnicamente capaz no que faz. Conhecer bem o negócio tecnicamente é, no mínimo, obrigatório. Então, onde está o diferencial competitivo do empreendedor? Está na gestão das suas competências comportamentais.Assim, a conclusão a que se chega é que o diferencial para o desenvolvimento de qualquer profissional não está baseado somente nas competências técnicas, mas na combinação do técnico com o comportamental.Dependendo do profissional ou da função em questão, a componente comportamental assume uma dimensão, muitas vezes, maior do que a técnica. Esse é o caso do empreendedor. Não se trata apenas de quanto ele conhece tecnicamente o assunto, mas de que forma ele gerencia a si próprio e as pessoas ao seu redor.Esse gerenciamento parte do trabalho de autoconhecimento, da identificação de quais são seus motivadores, quais são seus medos básicos e como neutralizá-los, seus pontos fortes, seus limitadores e identificação de pontos de desenvolvimento.Em 1928, o professor e psicólogo William Marston criou o modelo denominado DISC, utilizado hoje em dia em larga escala para identificação de perfis comportamentais, mapeando tanto as pessoas como as funções.Marston defende o fato que as pessoas dão respostas físicas a estados emocionais, ou seja, estão constantemente dando “dicas” de como são: se são mais objetivas e diretas ou diplomáticas, se são mais comunicativas ou investigativas, se são mais previsíveis ou impetuosas, ou ainda, se são mais disciplinadas ou independentes, etc. O modelo DISC prevê quatro grupos de comportamentos, representados cada um por uma das quatro letras. O “D” vem de Dominância, o “I” vem de Influência, o “S” vem de “eStabilidade” (Steadiness, em inglês) e o “C” vem de Conformidade.O que difere uma pessoa da outra, sob o ponto de vista comportamental, é a intensidade em que esses comportamentos aparecem. Testes psicométricos permitem avaliar como cada um desses quatro grupos se manifesta.Por meio desta metodologia, é possível identificar quais as competências comportamentais exigidas para cada função e qual o gap existente entre a pessoa e o perfil ideal.Quais são, então, as competências comportamentais exigidas para o empreendedor? Com certeza, totalmente diferentes, por exemplo, daquelas exigidas para uma função técnica, administrativa ou de suporte.    O empreendedor tem a função de dirigir, motivar, assumir riscos e de ter grande mobilidade.                                                                                                                         

Em linhas gerais, destacamos quatro competências comportamentais essenciais para o empreendedor:

 - Foco em objetivo e Direção: capacidade da pessoa em ser assertiva, iniciadora, direta, objetiva, competitiva e voltada para resultados;

 - Independência e capacidade de correr riscos: capacidade da pessoa em ser firme, obstinada, ter força de vontade, ser independente, ser desafiante, opinante e um tanto quanto teimosa;

 - Capacidade de comunicação e persuasão: capacidade da pessoa em ser motivadora, influente, comunicativa, persuasiva, amistosa, verbal e otimista;

 - Mobilidade e capacidade de adaptação: capacidade da pessoal estar alerta, ser móvel, estar inquieta, ser ativa, impulsiva, demonstradora e impetuosa.Essa é uma reflexão que vale a pena! O quão empreendedora a pessoa quer ser e como ela está em relação a estes comportamentos, o que ela já possui e o que ainda precisa desenvolver. A boa notícia é que comportamentos podem ser aprendidos e treinados e. quando bem aplicados, fazem toda a diferença.

 Rubens Gustavo Gurevich é CEO da Your Life do Brasil (www.yourlife.com.br). 

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Sem medo de ser feliz

Por que poucos brasileiros conseguem acreditar que a economia do Brasil é hoje uma das mais sólidas do mundo?




Era uma vez um menino franzino que, desde o jardim da infância, se acostumou a ser o saco de pancadas na escola. Era só o clima esquentar e os grandalhões partiam para cima dele. Assim, ele acabou se acostumando ao seu destino.
De repente, sem que ninguém soubesse como nem por quê, houve uma longa temporada de calmaria na escola. Nada de brigas, só festa.
Como tudo que é bom um dia termina, a calmaria passou e os ânimos começaram a ferver novamente. O menino já foi se encolhendo, pronto para a tradicional surra. Sentia a dor antes mesmo que o tocassem.
Desta vez, para sua imensa surpresa, ninguém quis se meter com ele. Os grandalhões até olharam para ele, mas preferiram bulir com outros grandões a se meter com ele. Nosso menino adorou, mas não entendeu o que acontecia e continua até hoje com medo que na próxima briga vá sobrar para ele, como no passado.
Ele não percebeu é que, durante o período de tranqüilidade, sua madrasta o havia alimentado de forma especialmente nutritiva, o que, somado aos exercícios que ele vinha fazendo há tempos, o deixara forte e musculoso. Enquanto isso, os grandalhões, depois de muito tempo desfrutando do poder que tinham na escola, ficaram acomodados, preguiçosos, engordaram e perderam agilidade.
Este menino se chama Brasil. Sua madrasta tem nome, China. Sua alimentação foram as exportações; os exercícios, a estabilização da economia e ajustes fiscais posteriores ao Plano Real. Os grandalhões são os países ricos e, como você já deve imaginar, as brigas nesta
Escola chamada mundo são as crises econômicas.
Com superávit comercial, reservas internacionais superiores a US$ 200 bilhões, um dos menores déficits fiscais do planeta e sem bolha imobiliária, excesso de consumo ou fragilidades latentes em seu setor financeiro, o Brasil tem hoje uma das economias mais sólidas do mundo. O interessante é que poucos brasileiros conseguem acreditar nisso.
Duas décadas e meia de péssimo desempenho econômico entre o final dos anos 1970 e 2003, quando o crescimento médio da economia brasileira não passou de ínfimos 2,3% ao ano, transformaram o país do futuro no país da descrença. A geração perdida – afinal, 25 anos correspondem a toda uma geração, não apenas a uma década, como costumamos nos referir à década de 1980 – deixou de ter a capacidade de acreditar que o país possa dar certo.
Sem perceber que a entrada da China na Organização Mundial do Comércio em 2001 alterou completamente a ordem econômica mundial a nosso favor – elevando a demanda e o preço das commodities que produzimos e exportamos e reduzindo a inflação e as taxas de juros mundiais, oferecendo-nos capital barato para financiarmos nosso crescimento –, não acreditamos que um país onde ainda reinam corrupção, má educação e infraestrutura sofrível possam dar certo. Esta descrença molda a economia brasileira e o perigo é se tornar uma profecia autorrealizável. Decisões econômicas de empresários e do governo têm sido pautadas pelo Brasil que não dá certo.

Exemplo: toda a regulamentação cambial foi feita para evitar fuga de dólares do País em meio a crises, porém a situação que vivemos nos últimos anos é oposta:
abundância – segundo alguns, excesso – de divisas estrangeiras, e não falta delas.
Sorte não é destino. Claro que é preciso fazermos a nossa parte. Para começar, devemos perder o medo de ser felizes.

Fonte: Matéria de Ricardo Amorim
Ricardo Amorim é economista, apresentador do "Manhattan Connection" (GNT) e do "Economia e Negócios" (Rede Eldorado) e presidente da Ricam Consultoria
http://www.istoe.com.br/colunas-e-blogs/coluna/61531_SEM+MEDO+DE+SER+FELIZ

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Pensamento Paralelo

Edward de Bono sugere em seu livro “Os seis chapéus do pensamento” uma abordagem inusitada e interessante do processo decisório individual e coletivo. Mais do que tentar defender se suas metáforas e analogias são ou não pertinentes, cabe aqui apresentar o mérito da defesa de uma visão mais global deste tipo de processo, uma visão que aborde os problemas por suas várias facetas, ou lados; como desejar o leitor.
Pedindo licença para omitir os chapéus e suas cores - uma forma útil de organizar e memorizar seu método - torna-se válido comentar as diferentes abordagens de seu “pensamento paralelo”.

  1. O pensamento baseado em fatos e números, objetivo e focado torna mais fácil discernir e debater temas;
  2. O pensamento emocional, intuitivo utiliza-se do feeling para explicitar um componente sempre presente nas reuniões, as preferências humanas não baseadas na   lógicas, mas igualmente relevantes;
  3. O pensamento crítico aponta as falhas, os desafios eminentes e os perigos de cada questão;
  4. O pensamento positivo busca as possibilidades, os benefícios sempre presentes na ação deliberada;
  5. O pensamento criativo procura as alternativas, a geração de idéias, o pensamento lateral e a inovação de forma que bem se adéquam as técnicas como o brainstorming, os mind maps, etc.;
  6. E, por fim, o pensamento organizado procura coordenar e controlar as variáveis no planejamento para ajustar os modelos e corrigir falhas.
Como propõe o autor não existe ordem correta, porque só o fato de forma sistemática procurar perceber os problemas e os fenômenos sociais e técnicos de forma mais ampla, permite sair do 'monismo' absurdo de uma visão excessivamente linear ou simplista. Outros chapéus poderiam ser acrescentados, mas vejo uma questão surpreendente no modelo de Bono, a aparente simplicidade encarna o melhor da genialidade. O melhor de cada um e de um grupo.

Autor: Luciano Rodrigues Pinto

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Crenças e Armadilhas Mentais

Ainda falando sobre escolhas e processos decisórios, hoje vou comentar sobre algumas crenças e pressupostos que assumimos e que nos levam a pensar e a decidir de modo equivocado. Dentre estes modelos arraigados em nossa mente, podemos citar:
•Preferimos histórias a estatísticas: De um modo geral, o homem sempre se baseou em histórias e relatos pessoais de conhecidos para moldarmos nosso conhecimento sobre o ambiente que nos cerca. Por outro lado, geralmente não utilizamos a estruturada confiabilidade da estatística para confirmar ou refutar nossa visão de mundo. Por exemplo, no processo de compra de um novo notebook, tendemos muito mais a confiar na opinião de um conhecido sobre a qualidade da máquina, do que consultar uma pesquisa de uma publicação especializada. Muitas vezes a opinião pessoal de um usuário pode estar enviesada por uma boa/má experiência pontual.
•Buscamos confirmar nossas idéias ao invés de questioná-las:  De um modo geral, temos a tendência natural de usar estratégias de decisão de “confirmação”, dando maior importância às informações que sustentam nossas crenças e expectativas existentes. Avaliamos as evidências de forma tendenciosa, prestando especial atenção aos fatos que amparam o nosso ponto de vista e ignoramos ou minimizamos a importância de qualquer evidência que contraponha nossas crenças. Por exemplo, um torcedor de um time A exaltará mais as glórias da equipe e ocultará os seus insucessos.
•Poucas vezes valorizamos o acaso e as coincidências: Geralmente temos o desejo de encontrar padrões em nosso mundo e procuramos identificar as causas para qualquer acontecimento que nos cerca. Ou seja, sempre procuramos as razões do porquê de as coisas acontecerem de tal modo, com o intuito de controlar o evento de alguma maneira. No entanto, muitos fatos do nosso dia-a-dia são acontecimentos casuais ou o resultado de ocorrências regidas pela probabilidade. Jogos de azar, como loteria ou roleta são regidos pela probabilidade e não cabem a busca de causas nestes casos.Em relação às coincidências, muitas pessoas atribuem causas divinas ou místicas para tais fatos. Na verdade, tais coincidências também são resultados de fenômenos da probabilidade.
•Ás vezes nossa visão de mundo nos engana:No nosso cotidiano muitas vezes percebemos o mundo de forma distorcida, ou em outras ocasiões, podemos enxergar fatos que inexistem. Isto ocorre porque nossa percepção não consiste apenas na duplicação de uma imagem em nosso cérebro; ela exige que nosso cérebro execute um ato de avaliação. Geralmente nossas percepções são muito influenciadas por aquilo que esperamos ver e aquilo que queremos enxergar. Nossa educação, cultura, crenças, companhias, todos estes fatores permeiam nosso modo de ver o mundo. Além disso, quanto mais percebemos o mundo sustentado por nossas crenças, mais consideramos tais crenças verdadeiras.

•Tendemos a simplificar nosso raciocínio: No nosso dia-a-dia, ao tomarmos uma decisão, tendemos a filtrar a enorme quantidade de informações disponíveis. Deste modo, utilizamos apenas uma parte deste conteúdo para subsidiar nossas decisões. As estratégias simplificadoras são benéficas para nós. Poupam-nos tempo e permitem-nos tomar uma decisão rapidamente. Por outro lado, deixamos de usar todas as informações disponíveis.  Uma das estratégias simplificadoras que utilizamos é o estereótipo.Nesta abordagem, classificamos uma pessoa como pertencente a uma categoria e, imediatamente, atribuímos características a ela. Estereótipos, no entanto, podem nos conduzir a erros, pois freqüentemente haverá uma diferença acentuada nas características de dois indivíduos dentro de um grupo do que entre dois grupos.
Por fim, pensem nestes tópicos quando forem analisar uma situação ou tomar uma decisão!!!


 Fonte: Não acredite em tudo o que você pensa – Thomas Kida

quarta-feira, 2 de junho de 2010

ANBIMA inaugura canal de orientação financeira exclusiva para mulheres

Portal Como Investir traz orientações sobre investimentos, orçamento doméstico e ensina como garantir uma aposentadoria confortável.


Na seção Mulheres e Investimentos, as leitoras vão encontrar orientação financeira, histórias de sucesso, guias e cartilhas para potencializar seus ganhos. “Homens e mulheres pensam e agem de forma distinta e seus investimentos devem refletir essas diferenças. Um homem encara um conjunto de aplicações como uma disputa com outro homem. Já a mulher tende a ter menor tolerância a riscos e objetivos de mais longo prazo, porque é mais paciente e pragmática”, explica Denise Hills, membro da Comissão de Educação da ANBIMA. “Criamos a seção para orientar com mais qualidade o público feminino em suas necessidades específicas”, completa.
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que mais de um quarto dos domicílios brasileiros já está sob o comando exclusivo de mulheres. Em dez anos, o número de famílias chefiadas por mulheres cresceu quase 80%. Recorrer a investimentos para incrementar a renda da família pode ser uma boa saída também para elas.
Na seção Mulheres e Investimentos, alguns mitos são quebrados, como “aplicação financeira é assunto de homem” ou “não tenho dinheiro suficiente e não conheço o mercado”. Pesquisas com investidores não profissionais mostram que as mulheres costumam ganhar mais na Bolsa do que os homens, já que eles têm o hábito de fazer excessivo giro nas carteiras devido a seu excesso de confiança, gerando altos custos de corretagem. Não é preciso ser uma expert em finanças para ser uma investidora bem-sucedida e hoje em dia é possível fazer aplicações pela internet a partir de R$ 50.
Há ainda orientações específicas para solteiras e casadas. “Os objetivos e os impactos que os investimentos terão na vida dessas duas mulheres são diferentes. No casal, as decisões devem ser tratadas em conjunto, enquanto a solteira pode decidir individualmente”, diz a executiva.
O primeiro Guia é “10 passos para chegar aos R$ 100 mil”, que aborda situações que todas as mulheres passam no dia a dia, desde resistir a promoções até mostrar que administrar seu orçamento pessoal para atingir os seus objetivos não é tarefa impossível.
Para conhecer o conteúdo completo basta acessar: www.comoinvestir.com.br