terça-feira, 22 de novembro de 2011

Graduação Sanduíche. Qual a intenção do governo?

Ultimamente temos visto o governo conceder muitas bolsas para a formação acadêmica no exterior. Com certeza muitos se perguntam: mas por que o governo está fazendo isso? 
Pode perceber que as áreas às quais o governo está concedendo as bolsas para a formação no exterior estão diretamente relacionadas com tecnologia: biotecnologia, nanotecnologia, indústria criativa...mas por que isso? É algum tipo de conspiração contra os alunos das outras áreas privilegiando os alunos das Ciências Exatas e Sociais Aplicadas? 
Para quem frequentou as aulas de Macroeconomia de cabo a rabo e fez o mesmo com a leitura dos livros de Macroeconomia de Blanchard e Jones sabe muito bem o porquê de as bolsas estarem sendo direcionadas para essas áreas: a tecnologia é a chave do crescimento sustentado, ou seja, a intenção é fazer com que os alunos da graduação tragam consigo os conhecimentos tecnológicos dos outros países que estão a frente do Brasil quanto a isso, é apostar na formação de profissionais que sejam capazes de promover inovações tecnológicas e tragam as melhores técnicas das universidades mais conceituadas do mundo para o Brasil. 
Depois de formados, esses profissionais cheio de ideias vindas do exterior vão se inserir no mercado de trabalho e de maneira individual contribuirão para que a economia comece a dar seus primeiros passos em função do progresso tecnológico. 
Certamente não são 15 mil bolsas concedidas uma vez que vão fazer a mudança, mas sim se esta prática permanecer por parte do governo iniciará uma mudança de cultura acadêmica e do tipo de formação dos nossos profissionais, deixando de ser tão teórica apostando nas contribuições empíricas que ela pode trazer para o país como um todo. 

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Furdunço na USP: uma análise comportamental.


Entre protesto, estudante exibe cartaz
que crítica a ocupação da reitoria da USP (Folha.com)
Já vou começar traçando um paralelo: na escola ou na faculdade, quando o professor deixa um erro passar por mera desatenção na correção da sua prova te favorecendo, o que você faz? Dá um de bom samaritano e fala: “querido professor, o senhor errou, por favor baixe minha nota”, ou fica quietinho na sua?
Ok, os professores são os policiais e os alunos, ah! Os alunos são os alunos! Enquanto queimar o matinho estava passando despercebido pelos policiais, ok! 
Estamos adorando a polícia por aqui, mas quando o professor percebeu o erro que passou e corrigiu,  o que aconteceu? Indignação.
Para quem já leu o “Auto-engano” de Eduardo Gianetti sabe do que estou falando, mesmo sabendo que errou a pessoa se sente totalmente correta por ninguém ter percebido seu erro além de si mesmo, isso faz com que ela acredite tanto que realmente está acertando que  passa a negar pro seu próprio humilde cérebro que aquilo foi um erro, capisci?
Pode-se dizer que isso é uma defesa natural do cérebro expressa em violentas emoções, acreditem, às vezes o Zé Ruela tem total certeza de o que está fazendo é certo. A “desgraceira” não para por aí, agora é a vez da irracionalidade (pra não chamar de burrice): depredação da Universidade que é paga pelo próprio mané;  queimação de maconha dentro de uma sala fechada com vários galões de gasolina para a confecção de coquetel molotov (imagina se uma brasinha cai ali? Fu...)
E tem mais: efeito manada. Quem deveria se doer eram os pegos em flagrante, certo? Só que o negócio funciona que nem micareta: quando o trio elétrico começa a andar todo mundo corre atrás, mesmo sem saber a letra da música ou até mesmo o nome da banda. Acredito que essa análise é bem mais simples do que os devaneios nas discussões “sociais” sobre essa presepada!

sábado, 5 de novembro de 2011

Divisão é a moda: seja de dupla sertaneja, seja do Pará.

O que mais temos visto ultimamente nos noticiários (depois da suposta divisão da dupla sertaneja Zezé di Camargo & Luciano) é a divisão do estado do Pará. Cheia de prós, contras e indiferentes, porém acredito que a análise desse grande evento nacional é simples.
Vamos ver agora se vocês fizeram a lição de casa: o que acontecem com os recursos financeiros do nosso país em expressiva parte dos casos?
a) São aplicados devidamente promovendo não só crescimento como desenvolvimento econômico;
b) São utilizados como forro de bolso dos deputados, senadores, vereadores, prefeitos, governadores e afins;
Ao meu ver a divisão de qualquer estado aqui no Brasil seria uma mera linha imaginária representada concretamente em um mapa. Será que realmente os recursos serão aplicados para desenvolver as áreas divididas? Será que há necessidade de divisão para que se aumente a atenção para as regiões paraenses abandonadas? 
Concordo que a divisão de um grande território seria promotora de desenvolvimento se realmente isso fizesse com que houvesse melhorias na saúde, educação, moradia...locais. Se houvesse a criação de pólos de saúde para atender a população da região, desafogando os pólos de saúde de Belém ou até mesmo de Sinop e Cuiabá, que recebem os esquecidos do sul do Pará, se realmente houvesse incentivo para a geração de emprego e investimento na educação dessas regiões que são esquecidas com a desculpa de que estão muito longe da capital Belém. 
Acredito que o que apenas irá crescer nessa divisão são os cargos públicos, são os cabides de emprego, uma massa inerte de vereadores e deputados com raríssimas exceções de "caso contrário".  Não acredito que essa divisão geopolítica irá trazer algum benefício para essas regiões, pois se realmente fosse esse o objetivo já teriam feito isso sem precisar dividir o estado, mas sim utilizando os recursos da forma como deveriam ser usados desenvolvendo essas regiões.
Por fim, não são regiões que não têm ninguém que olhe por elas, acredito que todos os municípios têm prefeitos que recebem recursos para fazer o que deve ser feito, se assim não é feito, não é com uma linha imaginária e a criação de um depósito de roedores do dinheiro público que irá mudar.  



quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Endocrinologia Financeira.

O grande impasse da humanidade sempre foi e sempre será a luta pelo encontro do ponto de equilíbrio entre homens e mulheres. As aflições, discussões, dúvidas são das mais variadas: de mecânica a cozinha, de sexo a amor, de relacionamento a independência profissional e financeira. Ao se deparar com qualquer um desses assuntos citados com certeza você diz: “Opaaaa! Olha o clichê, mais um conto da carochinha tentando explicar a diferença entre os gêneros”. Porém, eu tenho um mais um conto sobre isso, só que é novidade (talvez), e o melhor: não é da carochinha.
A Economia vem mais uma vez surpreender com um assunto pertinente que foi denominado “Endocrinologia Financeira”. Para quem não sabe a endocrinologia é um ramo da medicina que estuda as glândulas endócrinas, ou seja, as glândulas produtoras de hormônio, portanto nosso assunto é esse: Hormônios e Finanças, Hormônios e Comportamento Econômico. Por que será que não há muitas mulheres na bolsa de valores?  Por que as mulheres preferem a poupança e os homens investir na bolsa?
Segundo Eliana Bussinger, autora do livro "As leis do dinheiro para Mulheres", afirma que pelo fato de os homens produzirem mais testosterona que as mulheres são mais impulsivos, ou seja, estão mais aptos a investir na bolsa de valores, o que requer extrema impulsividade e altíssima disposição a se submeter a riscos, e diz “A testosterona é um hormônio associado a agressividade e ao poder”.
Uma aplicação dessa teoria que podemos citar é a pesquisa feita em Cambridge por John Coates, o qual analisou a saliva de alguns homens (operadores de corretoras e bancos de Londres) para análise do impacto da testosterona na tomada de decisão. Coates concluiu que os operadores que tinham maior nível de testosterona pela manhã eram justamente os que estavam mais dispostos a se submeter a riscos no mercado financeiro, e sabemos que quanto maior o risco ao qual nos expomos maior as chances de ganharmos mais dinheiro.
Coates ainda afirma que é possível, a partir dessa pesquisa feita com os homens, fazer uma relação com o comportamento feminino na tomada de decisão. “Sabemos que as mulheres produzem apenas 10% da testosterona que os homens produzem", diz. Ou seja, estão menos dispostas a se expor a riscos.
Portanto, esse estudo direcionado para as Finanças e Economia pode nos dar respostas para qualquer situação que envolve o comportamento humano na tentativa de entender a divergência entre homens e mulheres: eles são mais impulsivos, em tudo, com raras exceções.


  

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O tamanho do documento e a Economia.

Quem diria? A Economia vem se superando mesmo e tem até estudo sobre a relação do tamanho médio do pênis de uma nação com a sua renda. É isso mesmo: tamanho é documento.
O curioso quem estudou essa relação chama-se Tatu Westling de Helsinque (Finlândia). Segundo a pesquisa de Westling, quanto maior o pênis de uma população menor é o seu crescimento econômico. Mas, como assim?
Dentre os dados que Westling levantou, ele encontrou algumas evidências: analisando um mesmo período ele percebeu que o país que tinha a média peniana menor teve crescimento maior do que o país que era mais bem dotado. Além do mais identificou se a média peniana de um país cresce 1 cm o crescimento econômico baixa por volta de 5%.
Na construção de um gráfico para representar essa relação crescimento econômico x tamanho do documento, mostra que o tamanho “ideal” seria por volta de 14 cm, mensuração a qual fica no topo da curva nessa relação. (Essa curva é similar a relação poupança e consumo de Solow – U-shaped invertida).





Westling acredita que tal relação pode ser explicada em uma palavra: confiança. Para ele quem tem o “instrumento” menor tem a auto-estima menor e por tal motivo precisa compensar essa “deprê” em outra coisa, no caso analisado crescendo economicamente.
Pessoalmente eu tenho uma observação a fazer e acredito que você que está lendo está pensando sobre: será por isso que a África de modo geral é menos desenvolvida que outros continentes? Vamos refletir...

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Greve dos bancos em Sinop e os boatos.

Sei que "Boatos" é um assunto que já foi abordado aqui anteriormente, porém vejo necessidade de falar sobre ele de novo devido a um boato que está correndo na cidade em relação a greve dos bancos. Quando escutei o tal boato me senti meio que na obrigação de tentar alertar as pessoas de acordo com o meu "achismo" do momento.
Sabe-se que o Banco Real quase foi a falência na década de 80 por conta de um simples boato: disseram que o banco ia quebrar e todo mundo foi correr sacar o dinheiro, o que de fato quase fez o branco quebrar mesmo se não fosse o próprio dono tirar dinheiro do bolso pra colocar nos caixas eletrônicos.
Ontem e hoje pessoas me dizem que a partir de quarta-feira nem os caixas eletrônicos funcionarão em função da greve dos bancários que está acontecendo desde quarta-feira da semana passada. Agora vamos a minha linha de raciocínio:
Os funcionários do banco fazem a greve na intenção de desestabilizar o sistema bancário em virtude de conquistar aumentos salariais, como bons conhecedores do setor no qual trabalham (o setor financeiro) sabem muito bem que um boato é capaz de provocar fenômenos comportamentais estrondosos,  será que para os funcionários não seria pertinente espalhar por aí que os caixas eletrônicos pararão de funcionar para provocar a correria para o saque e de fato fazer com que desestabilize mais ainda os bancos gerando revolta na população "hiperbolizando" a greve e chamando realmente a atenção pra sua causa?
Não estou aqui julgando a greve, se é válida ou não, não estou discutindo política, estou discutindo lógica na intenção de atentar a população sinopense para uma possível versão desse boato. Pode ser que eu esteja errada, mas pelo o que eu já li e estou habituada a ver, esse tipo de boato converge para a explanação feita no parágrafo anterior. 

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O Pânico e A Crise.

CRISE! É a palavra do momento, crise aqui, crise acolá, empresta daqui, teto de lá, piso daqui, investe lá, desinveste aqui, euro lá, dólar acolá, sobe dólar, desce dólar, vende título, compra título, juros sobre, juros desce, medo de investir, medo de subir, medo de cair, medo de quebrar: PÂNICO. 
Esta palavrinha que temos ouvido com bastante frequência vem sempre acompanhada de uma explicação essencialmente econômica, com base no que se entende sobre Economia na sua mais pura teoria aplicada a prática, porém ouvimos falar muito pouco de uma coisa que pode contribuir por demais para intensificar a tal da crise: o pânico.
Para entender isso não precisamos essencialmente analisar o que está acontecendo agora, podemos pegar exemplos de crises no passado, ou até mesmo exemplificar com uma crise de casal, ou com uma pessoa que tem fobia de sapos sendo jogada entre os gosmentos, pânico é pânico em qualquer situação.
Na tentativa de mostrar a relação pânico x crise usaremos de exemplo a crise do Subprime nos Estados Unidos em 2008. Há quem diga que ela poderia ter sido minimizada se não fosse o tal do nosso inimigo "pânico", e dizem também que esse é o motivo o qual a intensificou. 
A crise de 2008 não era pra ter se estendido tanto, mas na mídia foi dito por um Professor de Economia chamado Nouriel Roubini  que por volta de 250 bancos haviam falido e que o FDIC estava quebrado (balela), o resultado disso segundo a Gallup, foi 55% das famílias estadunidenses temerem que algum membro de família perdesse o emprego, daí partiu o pânico. 
O que era pra ter sido uma crise facilmente resolvida se transformou num "Deus nos acuda". Quando as pessoas temem perder o emprego, temem a economia estar fraca, temem, temem, temem e temem, elas param de consumir, elas param de pensar a longo prazo, elas param de investir, ou seja, o seu próprio pânico quase sucumbe a Economia.
Longe de mim dizer que qualquer crise é fruto de um pânico, é uma coisa abstrata, é algo inexistente como muitos professores acadêmicos (principalmente eles) esbravejam nos corredores e nos tablados. Porém com este exemplo, pode-se perceber claramente o que uma afirmação em mídia, uma fagulha no palheiro pode transformar uma crise. O meu sonho e de muitos outros que estão no mundo da economia acredito que seja convergente: de que todas as pessoas soubessem que é justamente na crise que precisamos injetar grana, que precisamos consumir, que precisamos investir, assim minimizaríamos a "big shit". YES INVESTMENT, NO FEAR. 

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O misterioso e ascendente consumidor chinês.


Acredito que essa informação não espanta ninguém: o comportamento do consumidor chinês ainda é um mistério. O que está acontecendo na China? O que está mudando lá? Será que sua realidade está tão distante da nossa, dos invejados capitalistas ocidentais?
A China vem crescendo, isso não é novidade para ninguém, e com esse crescimento vem as mudanças comportamentais dos consumidores: agora eles têm tudo ali na mão, todos os artigos de desejo, todos os anéis DeBeers da vida, todos os modelos da Sra. Apple e assim por diante. 
O campo de estudo comportamental econômico chinês é interessantíssimo, é uma Amazônia na década de 20 totalmente misteriosa e totalmente de braços abertos para ser explorada. Ainda não consegue-se definir ao certo o que acontece com o comportamento dos nossos amigos chineses, consegue-se identificar expressivas diferenças de acordo com regiões, classes sociais, podemos até arriscar dizer que há uma similaridade com o caso brasileiro: a China é um país de população assustadoramente numerosa, com uma concentração de renda altíssima, portanto existe uma expressiva diferença entre ricos e pobres o que impacta diretamente numa diferença significativa de comportamento.
O que se sabe até agora é que os chineses buscam qualidade, bom funcionamento do produto, mas estão pegando a veia dos veteranos capitalistas (nós): querem marcas que os representem, além de comprarem o produto, querem comprar o sentimento, estão dando extrema importância pro tal do efeito halo sobre o qual eu já dissertei anteriormente. 
Para quem gosta e se fascina pelo estudo do comportamento, assim como eu, a China é um tesouro da Economia Comportamental para ser analisado, definido, interpretado, dissertado, há muitas surpresas por vir e vamos assistir o espetáculo do comportamento do consumidor chinês como expectadores e especuladores. 

terça-feira, 20 de setembro de 2011

मेड इन इंडिया Made in India!

Seguindo o embalo do Made in Japan e depois de tanto tempo sem uma inspiração verdadeira e profunda, resolvi falar sobre a Índia, talvez porque ela será a menina dos meus olhos até o final da graduação, é o meu assunto da Monografia! Portanto, quero compartilhar com vocês, caros leitores, algumas curiosidades comportamentais indianas interessantíssimas e importantes, principalmente na hora de negociar.



O Oriente é sempre fascinante e diferente, excêntrico, lá as pessoas preservam a cultura mesmo inseridas nessa cultura tão globalizada que é a capitalista, portanto tamanha excentricidade não é privilégio apenas dos japoneses, o povo indiano é um povo excêntrico e tanto, então quando for a passeio, estudo e principalmente a negócios fique atento a pequenos gestos que podem ser interpretados de forma equivocada pelos indianos e também as coisas que nem passam pela nossa cabeça que os agradam. 
Os indianos levam a risca aquele bom e velho ditado: "A pressa é inimiga da perfeição", então se você tem pressa, ao chegar na Índia, relaxe, para eles o relógio tem 48 horas e tudo é feito na mais santa calma, ao passo de uma vaquinha sagrada atravessando a rua, jamais se estresse ou mencione caso cheguem atrasado a uma reunião, mesmo isso sendo algo que vem mudando na Índia principalmente entre os profissionais de T.I. que trabalham no "Vale do Silício" da Índia.
É normal que as reuniões comecem com assuntos pessoais, de forma mais tranquila, mais intima, os indianos gostam de ouvir o que você tem a dizer sobre você, portanto não "formalize" tanto o momento, solte a gravata ou afrouxe o scarpin e entre nessa conversa light.
O indianos são extremamente precavidos quanto a produtos novos, portanto se você está chegando lá com um produto revolucionário esteja certo se a cultura aceita aquilo e se você está carregando consigo o máximo de informações possível. Não adianta chegar com o último grito em sanduíche se no meio dele tem um big hamburger feito com carne de vaca. Não adianta chegar lá com um mega computador ultrapowerblaster moderno se você não sabe nem onde fica o botão "liga/desliga". 
Se for presenteá-los, jamais embrulhe o presente em embalagem preta ou branca, ambas as cores representam "mau-agouro", não seria nada bom para quem está querendo iniciar uma relação de amizade ou de comércio com um indiano.
Por fim, as peculiaridades indianas são infinitas, colocar pelo menos a maioria aqui transformaria este post em um texto imensamente cansativo, todavia as dicas dadas já são um boa pista para quem tem o interesse de estabelecer qualquer relação com esse povo tão excêntrico que é o povo indiano!


quinta-feira, 7 de julho de 2011

Made in Japan

Quem nunca ficou perplexo em ver pela TV os japoneses super calmos durante um terremoto? Maremoto? Ou qualquer desgraça natural? Você sabe por que eles são assim? São assim porque são extremamente racionais!
O povo japonês tem a cultura da hereditariedade: tudo o que fazem é pensando na próxima geração, o que vão deixar de herança tanto moral, financeira quanto intelectual para a sua próxima geração e são assim porque têm lá no fundo o medo da sua cultura ser dizimada pelas desgraças da natureza, têm medo de não deixar nenhuma herança para o próximo de sua geração. Por isso são pacientes, pensam a longo prazo, são centrados e tem um patriotismo fora do normal, uma amiga que morou muito tempo no Japão disse que os japoneses aceitariam tranquilamente se o governo dissesse que alguns dias do mês eles teriam que trabalhar e dar a quantia ganha para o governo reestruturar ou melhorar a nação.
Esse comportamento extremamente racional faz com que os japoneses sejam exímios poupadores, justamente por pensarem tanto no futuro e em ter segurança nos momentos difíceis que podem passar eles poupam muito do que ganham.
Não estou dizendo que os japoneses não são consumidores, eles adoram a tecnologia (consomem computadores, Iphones e etc.), porém sabem dosar o consumo e a poupança. 
Tanto é que para o governo japonês estimular a demanda de forma expressiva é muito difícil.
Já ouvi dizer por aí que uma vez o governo japonês teve uma ideia brilhante para estimular o consumo: deu parte do salário dos japoneses em vales. Adivinhem o que aconteceu? Os japoneses começaram a guardar os vales!
Minha sugestão é que o Brasil e o Japão fizessem uma troca de metade dos seus comportamentos: que o Japão nos doasse (e principalmente pro nosso governo) o comportamento poupador-investidor e que o Brasil doasse para o Japão a impulsividade, a voracidade por consumir desesperadamente para facilitar a vida do governo japonês. 


Janaina Marques. 

domingo, 1 de maio de 2011

Publicidade no Escuro

Janaina Marques




Será um dos motivos pelos quais a publicidade não tem seu devido valor? Essa tal de publicidade no escuro, me refiro a utilizar a propaganda como um tiro no escuro: "Vou fazer propaganda da minha empresa num canal televisivo só pra ter mesmo, não conheço meu público alvo, não sei qual horário da TV e qual canal meu público alvo assiste."
Por essas e outras que acredito que a publicidade é tida como um dinheiro que não dá retorno, não estou falando que todos pensam assim, mas vejo uma expressiva parte das pessoas olharem com esses olhos para a publicidade.
Se for feita de maneira errada, realmente, a publicidade é um dinheiro investido que não tem volta: não vai atingir o público alvo, não vai criar identidade pra marca da empresa, não vai consolidar o nome da empresa e muito menos o produto.
Tem que haver um conhecimento profundo do perfil do consumidor dos produtos da empresa, tem que saber do que eles anseiam, o que os chama a atenção, o que os deixa maravilhados como consumidores.
Mas como saber disso tudo? A solução é definida em uma palavra: pesquisa. A pesquisa de mercado é fundamental para que se conheça quem consome o produto. Como que uma clínica de fisioterapia que atende pessoas da 3ª idade vai veicular uma propaganda com imagens de jovens cheios de tatuagem, com cores agressivas mostrando total agitação?(fui extremista no exemplo para que se entenda o impacto contrário de uma publicidade mal feita) Isso jamais chamaria a atenção do público alvo dessa clínica.
E para que essa publicidade no escuro deixe de acontecer é necessário que as próprias Agências de Publicidade levem em conta a importância da pesquisa de mercado e não se prendam somente ao que o seu cliente deseja, às vezes o próprio dono da empresa não tem conhecimento do público o qual atende, então para que este sinta que a publicidade pode ser um mecanismo que maximize seus lucros e não apenas seja um dinheiro que foi embora e não voltou é necessário um esforço a mais dos profissionais da publicidade: que levem em conta a pesquisa de mercado, e caso não tenham domínio sobre esse tipo de atividade que a terceirize, pode parecer que de primeiro momento será um gasto arrebatador, mas com certeza trará resultados positivos no longo prazo.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Dinheiro de mentira.



Enquanto aqui no Brasil pagamos quase 18 reais para comer um combo no McDonald’s(um dos países mais caros do mundo), no Canadá você pode agora pagar seu lanche com o dinheirinho do Monopoly (Banco Imobiliário). As duas marcas são parceiras desde 1987 e sempre fizeram ações em conjunto, só que dessa vez foram além. A promoção é válida só para algumas lojas da rede e por tempo determinado. Será que daria certo no Brasil?


(via Marketing de Cozinha: http://networkedblogs.com/gNzGW)

quinta-feira, 10 de março de 2011

A importância da marca




As marcas já eram utilizadas antes da Revolução Industrial. Nas oficinas medievais, o artífice obrigatoriamente colocava o seu sinal nos produtos como ouro, prata e tecidos. Este era um símbolo particular que se tornou a marca registrada do fabricante. Hoje vivemos sob o domínio de signos. Nesse contexto, a marca de uma empresa ou produto é a síntese de seus valores. Mais do que um cartão de visitas, a marca é um elemento intemporal já que remete com mesmo poder ao passado, presente e futuro da empresa. Porém, por mais contraditório que possa ser, uma marca também envelhece. 

E aqui, não se fala simplesmente de desaparecimento gradativo, mas em envelhecimento como sinônimo de desgaste. A capacidade de absorção do consumidor é limitada, e a cada dia que passa, estamos sujeitos a um número maior de informações das mais variadas formas. Então, para entrar nessa batalha, é necessário ter bem definido a nossa marca e o que ela transmite. Ou seja, quais as informações que ela agrega e o modo como ela se torna visível. Os clientes têm pressa na satisfação de seus desejos, o que implica informá-los de maneira correta, rápida e objetiva. A MARCA representa a empresa visualmente. Transmite através das cores e do design, algo sobre a personalidade e benefícios do produto. Nós, humanos, aprendemos por cognição, percepção e repetição. 

Desta forma, para acreditar em uma marca e percebê-la como familiar, é preciso estar exposto a ela muitas vezes, experimentá-la, ver seu símbolo (logo) tanto e a tal ponto que marca e produto se confundam. Para tanto é fundamental a padronização desta exposição, facilitando a leitura da marca pelo consumidor, com consistência e uniformidade, em todos os seus momentos de aplicação.

BORGES, Fernanda. A importância da marca. Disponível em:

sexta-feira, 4 de março de 2011

Relembrando a Economia Comportamental

                        




Dalila Valim

                        A economia comportamental segue um padrão diferente ao que as pessoas estão acostumadas a ver dentro da economia. Muitos ainda não têm conhecimento que a economia abrange uma grande área, que podemos estudar vários aspectos que também fazem parte desse grupo como: estudo de comportamento as tomadas de decisões, o que influencia uma pessoa, entre outros. Economia não é só uma maneira de estudar recursos e valores, mas também estudar comportamento, de como a motivação pode influenciar nas tomadas de decisões e saber que cada pessoa tem um jeito diferente de reagir a cada incentivou e/ou motivação.
                           Estudamos o que não é o pensamento comum na “ECONOMIA”, o que é comum pensar que o indivíduo age racionalmente o tempo todo, compram com segurança, e autocontrole, o que não é verdade, tudo depende da situação, do momento, e do estado de espírito de cada um.
                           Uma pessoa sai pra comprar um determinado produto, porque não está de bom humor ou porque simplesmente está depressivo, suponhamos que essa pessoa não está precisando de nada, mais ela vai comprar qualquer coisa apenas pra satisfazer seu desejo de se sentir melhor independentemente do preço que irá pagar pelo produto, talvez ela venha se arrepender no futuro pelo ato inconseqüente, e posteriormente dizer que isso não vai ocorrer novamente, mas o que eu sei, é que pessoas em determinadas situações não se lembram nem mesmo do que já 
tinham prometido, e podem vacilar de novo.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Marketing do Constrangimento.


Janaina Marques

Por todo o um ano que pesquiso Economia Comportamental e Marketing vi propaganda e marketing de todos os tipos possíveis: com apelação visual, auditiva, do paladar e etc.
Nessa viagem de férias me dei conta de um marketing que eu nunca tinha visto, porém muito interessante e eficaz, pelo menos para mim quanto consumidora.
O objeto de marketing utilizado pela loja é algo muito simples, sem gosto e barato: água. Ao entrar na loja acompanhada de uma amiga a vendedora nos abordou com duas garrafinhas de água Crystal: “Aceitam água?”, a pergunta foi só por educação e sutileza, pois a água já estava em nossas mãos.
Enquanto eu tomava a água eu andava pela loja, olhava as araras, havia muitas coisas interessantes, só meu orçamento que não estava, e eu pensava: “Poxa, ela me deu essa água da embalagem bonitinha, vou sair daqui na maior cara de pau sem levar nada?”, eis o que denomino Marketing do Constrangimento, vou comprar pra não ficar com cara de aproveitadora.
Ok, era apenas uma água, uma simples água, mas o gesto da loja te oferecer essa água e sendo a água Crystal, uma das mais “nobres” águas minerais, te faz sentir-se na obrigação de comprar algo. Aí você vai lá, gasta 50 reais com a loja e ela 2 reais com você. É aí que mora o lucro e a boa imagem, que loja gentil!