segunda-feira, 26 de julho de 2010

Mulheres e seu poder no mercado de consumo.

Por Valerika Ester de Vargas

Ao decorrer da história as mulheres sempre foram tidas apenas como influenciadoras de tomada de decisão, talvez pelo fato de conhecer melhor do que ninguém as necessidades dos membros de suas famílias, e durante esse período quando qualquer mulher subisse na vida e passasse a investir/gastar seu dinheiro com algo mais que  meros sapatos, em um mundo dominado por homens, isso não passaria de um caso isolado de alguém que com muito esforço conseguiu um avanço em sua vida profissional, algo de pouca importância pois não acarretaria grandes mudanças na economia.
Porém este tipo de pensamento perdurou somente até a crise de 2008, quando grandes nomes da economia mundial verificaram que uma das possíveis soluções para uma crise sem precedentes eram as mulheres.
“Em 2009, as mulheres despejaram na economia mundial cerca de 12 trilhões de  dólares – mais do que a soma das economias do celebrado BRIC. No Brasil elas foram responsáveis por gastar – sozinhas – quase 800 bilhões de Reais em produtos e serviços (EXAME, 2010 pág. 18)
E o consumo das mulheres passou de óbvios batons e demais acessórios para produtos de muito maior importância numa economia
Dos quase 12 trilhões de reais destinados ao consumo em 2009 as mulheres responderam por 1,3  trilhão [...] Mulheres já são grande parte dos mercados de carros, educação e saúde. ( EXAME, 2010,pág.23)
Porém diante de um mercado de consumo tão crescente, muitas empresas falham e deixam evidente que não estão preparados, e nem em condições de receber essa nova onda de consumidoras. O exemplo disso pode se referir a  fabricante de computadores americana DELL.
“ A Dell fez o obvio – e o óbvio não funcionou, lançou no mercado uma gama de produtos com cores vibrantes, vendidos por meio de um site batizado de DELLA [...], Sentindo-se tratadas como bonecas Barbie, elas reclamaram” (EXAME, 2010, pág. 27) .
Muitas empresas como essa que erram no momento de identificar quais são realmente os produtos que as mulheres desejam, acabam se saindo mal  de onde queriam tirar proveito, pois elas não querem parecer garotinhas mimadas e riquinhas, com produtos extremamente tendenciosos, elas querem sim produtos que lhes permita serem eficientes, rápidas e práticas, foi justamente o que empresa também americana Apple descobriu, que por intermédios de seus produtos práticos eficientes e praticamente “intuitivos” se tornou uma das marcas mais admiradas pelas mulheres do mundo.
O poder de compra das mulheres e o sucesso de segmentos que se habituam a necessidades das mesmas é o segmento automobilístico.
“ Em 2007 as mulheres superaram a marca dos 50%, comprando 53% de todos os automóveis do Estados Unidos – além disso somos nós que influenciamos 85%da compra de automóveis.”( SHIPMAN, KAY; 2009, pág11)
Foi com base nisso que muitas montadoras de automóveis tiraram vantagem com suas vendas, criando carros de acordo com as necessidades delas. “As mulheres apreciam mudanças práticas como compartimentos para pequenas compras no porta-malas” (SHIPMAN, KAY; 2009 pág.11).

Torna-se então muito importante que empresas cada vez se habituem mais com o gosto de suas novas e poderosas consumidoras, poder este que se tornará cada vez mais evidente na economia.

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