sábado, 5 de novembro de 2011

Divisão é a moda: seja de dupla sertaneja, seja do Pará.

O que mais temos visto ultimamente nos noticiários (depois da suposta divisão da dupla sertaneja Zezé di Camargo & Luciano) é a divisão do estado do Pará. Cheia de prós, contras e indiferentes, porém acredito que a análise desse grande evento nacional é simples.
Vamos ver agora se vocês fizeram a lição de casa: o que acontecem com os recursos financeiros do nosso país em expressiva parte dos casos?
a) São aplicados devidamente promovendo não só crescimento como desenvolvimento econômico;
b) São utilizados como forro de bolso dos deputados, senadores, vereadores, prefeitos, governadores e afins;
Ao meu ver a divisão de qualquer estado aqui no Brasil seria uma mera linha imaginária representada concretamente em um mapa. Será que realmente os recursos serão aplicados para desenvolver as áreas divididas? Será que há necessidade de divisão para que se aumente a atenção para as regiões paraenses abandonadas? 
Concordo que a divisão de um grande território seria promotora de desenvolvimento se realmente isso fizesse com que houvesse melhorias na saúde, educação, moradia...locais. Se houvesse a criação de pólos de saúde para atender a população da região, desafogando os pólos de saúde de Belém ou até mesmo de Sinop e Cuiabá, que recebem os esquecidos do sul do Pará, se realmente houvesse incentivo para a geração de emprego e investimento na educação dessas regiões que são esquecidas com a desculpa de que estão muito longe da capital Belém. 
Acredito que o que apenas irá crescer nessa divisão são os cargos públicos, são os cabides de emprego, uma massa inerte de vereadores e deputados com raríssimas exceções de "caso contrário".  Não acredito que essa divisão geopolítica irá trazer algum benefício para essas regiões, pois se realmente fosse esse o objetivo já teriam feito isso sem precisar dividir o estado, mas sim utilizando os recursos da forma como deveriam ser usados desenvolvendo essas regiões.
Por fim, não são regiões que não têm ninguém que olhe por elas, acredito que todos os municípios têm prefeitos que recebem recursos para fazer o que deve ser feito, se assim não é feito, não é com uma linha imaginária e a criação de um depósito de roedores do dinheiro público que irá mudar.  



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