quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O comportamento do produtor rural.

Neste post eu gostaria de apresentar alguns princípios de comportamento partindo mais para a região que residimos, norte do Mato Grosso, achei algo interessante no site da Embrapa que diz respeito ao Perfil do Produtor de Gado de Corte, acredito que estas informações dão uma base excelente para especificar nosso estudo aplicando os conceitos neuroeconomicos nesse tipo expressivo de produtividade do nosso estado.









3

PERFIL DO PRODUTOR

O perfil dos produtores, incluindo características gerais e preferências na aplicação de recursos financeiros, encontra-se resumido nas Tabelas 1 e 2.

3.1 Características gerais

Alta proporção das fazendas são administradas por homens (98%). Oitenta e cinco por cento dos produtores têm 40 anos ou mais, e a maior freqüência de idade situa-se entre 50 e 59 anos. A proporção de produtores jovens (com menos de 30 anos) é bastante baixa. Noventa e cinco por cento dos produtores são casados, e a mesma porcentagem tem filhos. Mais de um terço cresceu no meio rural, mas apenas 5% têm residência na fazenda.

Quase 60% dos produtores têm curso superior (aproximadamente 1/3 em ciências agrárias), com a mesma proporção apresentando fontes de renda externas à fazenda. Esses números estão de acordo com uma esperada correlação positiva entre educação formal e oportunidades de trabalho.

Negócios próprios e exercício de profissões liberais são as mais freqüentes atividades externas, correspondendo a 73% dos casos. Na média, produtores estão envolvidos na agropecuária há 24 anos, mas a atuação direta no sistema produtivo não é muito intensa, com 60% passando dez dias ou menos por mês na fazenda.

Tabela 1. Algumas características dos pecuaristas entrevistados.

Gênero

%

Masculino

98

Feminino

2

Idade (anos)

%

<>

4

30-39

11

40-49

24

50-59

38

> 60

23

Estado civil

%

Casado

95

Solteiro

1

Outro

4

Filhos

%

Sim

95

Não

5

Ambiente de criação

%

Meio rural

39

Meio urbano

61

Residência

%

Na fazenda

7

Na cidade

93

Educação

%

Primário

21

Secundário

21

Superior

58

- Ciências agrárias

31

- Outros cursos

69

Renda externa à fazenda

%

Sim

59

Não

41

Fontes de renda externa à fazenda

%

Negócio próprio

54

Profissão liberal

20

Aluguel de imóveis

10

Emprego

7

Outras

9

Tempo na fazenda (dias/mês)

%

até 5

23

6 a 10

37

11 a 15

19

16 a 20

12

21 a 25

4

26 a 30

5

3.2 Preferências na aplicação de recursos financeiros

Para obter uma apreciação das aspirações dos produtores, perguntou-se sobre suas preferências no uso de recursos financeiros, supondo que ganhassem uma quantia significativa na loteria. As diferentes opções foram então ordenadas com base no valor de um índice composto do somatório dos produtos dos valores da escala por suas respectivas freqüências (Tabela 2).

Tabela 2. Freqüência da importância atribuída a opções de investimento (%).

Opções de investimento

Índice2

Valores de escala1

1

2

3

4

5

6

Melhorias na fazenda

526

0

1

1

16

35

47

Outras fontes de renda já existentes3

496

0

0

0

26

52

22

Compra de gado

465

5

3

7

21

35

29

Compra de terra

351

25

15

7

12

19

22

Aumento no padrão de consumo

304

19

19

18

33

5

6

Imóveis urbanos

219

50

15

12

15

5

3

Caderneta de poupança

171

62

18

12

3

5

0

1 A escala varia de 1 a 6 onde:

1 - sem importância;

2 - quase sem importância;

3 - pouco importante;

4 - importante;

5 - muito importante;

6 - extremamente importante.

2 Somatório dos produtos dos valores da escala por suas respectivas freqüências.

3 Respondentes são produtores que já têm outras fontes de renda.

Promover melhorias na fazenda é a alternativa preferida, vindo a seguir o investimento em atividade externa à fazenda, quando ela já existe, e a compra de gado. Embora melhorias na fazenda e compra de gado possam contribuir para o aumento da receita da fazenda, não parece ser esta a principal motivação, já que aumentar o nível corrente de consumo não está entre as prioridades.

Revela-se, então, a importância dada ao objetivo de aumentar o patrimônio, para o que também contribui a compra de terra, situada em posição intermediária.

Finalmente, com as menores preferências, aparecem a compra de imóveis urbanos e as aplicações em caderneta de poupança.

Fonte: http://www.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/ct/ct26/03perfil.html

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