quarta-feira, 18 de julho de 2012

Perdi meu amor na balada e o bom senso.

Comoção social! A comunidade facebookiana toda se comoveu com a angustiante história do moço que perdeu seu amor na balada. As únicas coisas que ele tinha na memória eram o rosto da dita cuja e seu nome: Fernanda. 
Com certeza deve ter gente que chorou, que se emocionou, que saiu pelas ruas de São Paulo para procurar a Fernanda. Que gastou o bônus do celular, fez corrente no hotmail, ligou para a Polícia, anunciou no carro da pamonha. Pelos comentários na página do moço, tinha muita gente envolvida sentimentalmente com a situação e disposta a ajudar. Não é todo dia que se encontra o amor da sua vida na balada, não é?!
Todavia o desfecho foi trágico: um prato cheio de frustração, decepção, indignação e outros tantos sentimentos ruins. A revolta do público ao saber que aquilo tudo foi uma jogada de marketing foi praticamente unânime. A Nokia quis apostar no tópico "ritual-viral" para realizar uma publicidade muito bem sucedida, porém esqueceu-se do tópico "frustração". A pior coisa que se pode ter é um cliente (ou futuro cliente) frustrado. O constrangimento, a frustração e decepção levam a tudo, menos ao ânimo para consumir. 
Não foi dessa vez, Nokia! 


Um comentário:

  1. Concordo plenamente.Num curso que estou dando para operadora de plano de saúde me referi a este aspecto da frustração. Quando ativamos a amigdala cerebral do sujeito,área envolvida com as emoções e a memória emocional, fica difícil reverter. Existe uma maneira de se ficar uma marca na mente do consumidor que é provocando a emoção, mas a emoção grava na memória tanto se for positiva ou negativa e neste caso a marca fica como uma memória negativa, ativando não o circuito do prazer, mas do medo, o que pode ser muito ruim para convencer futuros consumidores.
    Pedro camargo - consultor em biologia do comportamento do consumidor.
    Parabéns pelo blog, um trabalho pioneiro em economia comportamental.

    ResponderExcluir